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Curitiba, a cidade que marcou a criação da Lombada Eletrônica, recebe nova tecnologia de ponta para a gestão do trânsito
A modernização dos radares de velocidade na cidade é um dos pilares que integra o programa da Muralha Digital
No dia 20 de agosto de 1992, a primeira lombada eletrônica da história foi instalada na cidade de Curitiba, no Paraná. Desenvolvida pela Perkons em parceria com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), ela trouxe um novo conceito de segurança no trânsito não só para o Brasil, mas para o mundo. Agora, 30 anos depois, a empresa instala novamente modernos equipamentos para a gestão e segurança das vias na cidade.
A modernização dos radares de velocidade em Curitiba é um dos pilares que integra o programa da Muralha Digital. “A tecnologia do sistema dos novos equipamentos é uma ferramenta a mais no combate a diversas modalidades criminosas, podendo intensificar e proporcionar mais agilidade nas ações desenvolvidas pelas polícias e pela Guarda Municipal”, destaca Rosangela Battistella, Superintendente de Trânsito de Curitiba. “Com a fiscalização eletrônica, grande parte dos nossos equipamentos conterá um software de segurança que permitirá traçar possíveis rotas de veículos suspeitos. Além das funções de respeito à sinalização e regulamentação vigentes, poderemos identificar e esboçar padrões de comportamento de todos os veículos que transitarem em vias monitoradas por equipamentos de fiscalização eletrônica”, explica Battistella.
O projeto de Curitiba é inspirado em grandes cidades que têm esse método funcionando, como Jerusalém, Tel Aviv, Chicago e Barcelona, e é composto de um tripé entre o sistema de monitoramento do poder público, câmeras privadas e radares. O videomonitoramento de Curitiba inclui equipamentos com câmeras de reconhecimento facial, panorâmicas e térmicas, que já estão sendo instalados em pontos estratégicos.
Tecnologia que mantém a integridade do asfalto
Serão dois tipos de equipamento, a depender do local a serem implantados: um deles contém apenas a funcionalidade para fiscalização de excesso de velocidade e outro que, além dessa função, contempla avanço de sinal, parada sobre a faixa de pedestre, conversão ou retorno proibidos, tráfego em faixa exclusiva para ônibus e deixar de conservar o veículo em faixa a ele destinada.
A tecnologia de todos os novos equipamentos passa a ser no modelo mais atual: não intrusiva (por ondas doppler). É diferente do método pelo qual funcionam os radares instalados há mais de dez anos na cidade, ativados por laços magnéticos, o que causa interferência no pavimento.
A mudança proporciona uma maior cobertura dos veículos em cada faixa de trânsito e entre faixas, além de maior facilidade e rapidez no remanejamento e na manutenção do dispositivo eletrônico.
Trânsito seguro para todos
Algumas pessoas, quando ouvem “redução de velocidade”, “radar”, “pardal”, pensam em multa ou arrecadação de taxas. Elas esquecem que só é multado quem não respeita a legislação e os limites de velocidade, determinados por estudos técnicos que avaliam de maneira ampla todos os aspectos da via. E Curitiba é exemplo não só de gestão de trânsito, mas de inovação para um trânsito mais seguro para todos: pedestres, ciclistas e condutores de veículos privados, ônibus e motocicletas. Mesmo com todas as inovações, de acordo com o relatório mais recente do Programa Vida no Trânsito (PVT), no ano de 2020 Curitiba registrou 181 mortes no trânsito. O total foi de 178 acidentes – houve três ocorrências com dois óbitos cada. A principal vítima foi o ocupante de motocicleta – 69 perderam a vida, o que corresponde a 38,1% de todas as mortes. “Mesmo com menos veículos nas ruas em decorrência da pandemia, 2020 infelizmente registrou aumento no total de acidentes fatais, e a imprudência pode ter sido um fator decisivo para este resultado”, aponta a superintendente de Trânsito.
Contribuir para um trânsito mais seguro é uma das missões da Perkons, que está presente em 490 municípios e 25 estados brasileiros. “Os dados gerados por equipamentos que a Perkons têm instalados em todo o país apontam que 99,93% dos motoristas respeitam a velocidade nos pontos fiscalizados”, comenta Luiz Gustavo Campos, diretor da empresa e especialista em trânsito. Mas, para aqueles que não respeitam a velocidade permitida na via, a fiscalização eletrônica (e os demais equipamentos) são uma forma de inibir e de educar. “Em 2020 nossos equipamentos monitoraram mais de 4 bilhões e 600 milhões de veículos e promoveram índice de respeito à velocidade nos trechos fiscalizados de 99,93%, contribuindo para a segurança no trânsito e redução dos acidentes. Em 30 anos de atuação estimamos que nossos equipamentos salvaram cerca de 84 mil vidas”, completa Campos.
Fonte: https://paranashop.com.br/2021/06/curitiba-a-cidade-que-marcou-a-criacao-da-lombada-eletronica-recebe-nova-tecnologia-de-ponta-para-a-gestao-do-transito/